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Quero começar a conversa de hoje com uma citação que ditará o tom da nossa reflexão:
A escassez de informação é um problema; o excesso é pior ainda.
Autor Desconhecido
Vivemos na era dos dados, em que a informação não é apenas abundante, mas também fácil de acessar. A digitalização nos apresentou um novo elemento, chamado Realidade Virtual. Em meio a tanto progresso digital, esperava-se que as pessoas estivessem mais informadas e conscientes. No entanto, o que se vê, muitas vezes, são pessoas completamente desnorteadas, resultado do excesso de informação não filtrada, que as paralisa e, em seguida, dá lugar à confusão, culminando em decisões precipitadas. Se tratando de imigração, a situação é ainda mais agravante, pois existe um péssimo hábito adquirido há muitos anos que, por meio da repetição coletiva, tornou-se um fenômeno cultural em várias sociedades: o fenômeno “Ouvi Dizer”.
Este foi um modelo de comunicação adotado pelos nossos ancestrais que, pela ausência de meios de comunicação modernos, recebiam e transmitiam informações de boca em boca, ou seja, de uma pessoa para outra, possibilitando a circulação de notícias. Um modelo que, por incrível que pareça, inúmeras pessoas — em particular os imigrantes — ainda identificam-se e recorrem.


Ao analisar a questão, identifiquei pelo menos três fatores recorrentes que tornam o imigrante mais vulnerável à desinformação:

Os efeitos do fenômeno “ouvi dizer” são catastróficos em muitos casos. eles podem trazer sérias consequências para a vida do imigrante e da comunidade em geral:
O “ouvi dizer” circula de diversas formas dentro da comunidade imigrante, e muitas vezes soa convincente justamente porque vem de alguém próximo ou de confiança. Alguns exemplos recorrentes são:
Essas frases se espalham rápido, mas raramente têm base em fontes oficiais. O resultado é insegurança, decisões equivocadas e a propagação de um medo coletivo que poderia ser evitado.

Superar o fenômeno “ouvi dizer” exige esforço individual e coletivo. É possível reduzir a desinformação se cada imigrante adotar atitudes simples, mas eficazes:
Quando a informação certa circula, a comunidade se fortalece e o medo dá lugar à segurança.
O fenômeno “ouvi dizer” pode parecer inofensivo, mas, na prática, traz consequências sérias: alimenta o medo, gera decisões erradas e enfraquece a comunidade imigrante. A boa notícia é que esse ciclo pode ser quebrado.
O acesso à informação hoje é amplo, e cabe a cada um de nós escolher fontes confiáveis, questionar rumores e compartilhar apenas o que for verificado. Quando a comunidade se apoia no conhecimento certo, ganha força, segurança e sabedoria para enfrentar os desafios da imigração.
No fim, a informação correta não é apenas poder — é também proteção.